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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Que Brasil é este dos 5% do contra?

Olá amig@s,
Vale a pena ler o artigo do Ricardo Kotscho


30/05/2010 - 10:20
Que Brasil é este dos 5% do contra?

http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/

O tema do Balaio deste domingo vale uma pesquisa em profundidade, uma
tese acadêmica  ou mesmo uma capa de revista: que Brasil é este dos
5%?

Entra pesquisa, sai pesquisa, eles estão sempre lá do mesmo tamanho.
São os que consideram o governo Lula ruim ou péssimo. A aprovação do
presidente e do governo pode variar entre 70 e 80%, conforme o
instituto, os restantes ficam na categoria regular e, invariavelmente,
temos os 5% de insatisfeitos com os rumos do país, tanto faz o que
esteja acontecendo naquele momento de bom ou ruim.

Quem são eles, onde vivem, o que fazem, o que pensam? Já que ninguém
se atreve a investigá-los, disponho-me aqui a encontrar algumas
respostas sobre o perfil deste minoritário, mas sólido contingente de
brasileiros que não mudam de opinião, mesmo remando contra a maré.

Mais do que um posicionamento político-partidário ou mesmo ideológico,
como à primeira vista indicam as pesquisas, creio que se trata de um
fenômeno psíquico, algo mais ligado aos sentimentos do que à razão, ao
comportamento humano de um núcleo duro que é do contra porque é do
contra, quaisquer que sejam suas motivações.

Em termos absolutos, estes 5% representam mais ou menos 9 milhões de
brasileiros, o mesmo universo dos que lêem habitualmente jornais e
revistas da grande mídia, o que pode representar uma primeira pista
para entendermos seu pensamento.

Noto isto pelos comentários dos leitores publicados aqui no Balaio.
Qualquer que seja o assunto, política, futebol, literatura, música,
cinema, observações de viagem, mulheres bonitas, praias, botecos ou
buracos de rua, sempre aparecem os mesmos comentaristas, escrevendo as
mesmas coisas, com os mesmos argumentos: nada funciona, ninguém
presta, tudo está ruim, a vida não vale a pena.

Confundem o país com o governo, a vida real com o noticiário do poder,
ao reproduzir o que lêem nas manchetes e nos editoriais dos grandes
veículos, nos blogs da Veja.com, nas colunas de O Globo ou ouvem dos
comentaristas da CBN e da Jovem Pan. Se você fala bem de alguma coisa
acontecendo no país, logo te chamam de vendido, chapa-branca, idiota.

Não importa o assunto. Nas viagens pelo Brasil que fiz nas últimas
semanas, falei da minha alegria em revisitar as cidades de Teresina e
Rio de Janeiro, que me encantaram por algumas características que
tornam a vida dos seus moradores mais agradável, mesmo com todos os
problemas de qualquer capital, grande ou pequena.

A grande maioria dos leitores destes dois lugares gostou do que
escrevi, até me agradeceu por falar bem destas cidades que normalmente
só aparecem no noticiário pelo lado negativo, dando-se mais destaque
às suas mazelas do que aos seus encantos.

Mas lá estavam também os 5% de sempre, que me esculhambaram por
elogiar a cidade onde vivem, dizendo que eu não vi nada, que a vida
ali é um inferno, que não existe nada de bom, que só pensam em ir
embora de lá.

Teresina é administrada pelo PSDB e, o Rio, pelo PMDB, em aliança com
o PT, o que me prova não se tratar de implicância partidária, mas de
um estado de espírito.

Como não posso pedir ajuda aos universitários, apelo aos leitores para
que juntos encontremos outras respostas capazes de explicar que Brasil
é este dos 5%. Ou será que vivemos em países diferentes?

Belas reportagens na

Folha e no Estadão

Fui agradavelmente surpreendido esta manhã por duas reportagens de
fôlego, publicadas nos dois grandes jornais paulistas, escritas por
colegas da maior competência.

No Estadão, Lourival Sant´Anna viajou quase 13 mil quiômetros para
apresentar “Um retrato do eleitor brasileiro”, tema de um alentado
caderno especial publicado pelo jornal.

Na Folha, Fernando Canzian deu a manchete do jornal: “Nordeste do país
cresce em ritmo de Chináfrica´”, por coincidência mesmo tema da
reportagem que estou fazendo para a edição de junho da revista
Brasileiros.

Recomendo vivamente aos balaieiros a leitura de ambas. É sempre um
alento voltar a encontrar grandes reportagens na nossa imprensa, a
melhor forma de diferenciar um jornal do outro e enfrentar a
concorrência das novas mídias eletrônicas.

Bom domingo a todos.

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